quinta-feira, 14 de julho de 2011

Peixes de Água Salgada - Garoupa

GAROUPA


Nome Popular
Garoupa/ Dusky Grouper, Dusky perch



Nome Científico
Epinephelus marginatus

Família
Serranidae

Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste e Sudeste.

Descrição
Peixe de escamas pequenas; corpo, cabeça e boca grandes; pedúnculo da nadadeira caudal curto e grosso. A coloração é parda avermelhada, com manchas esverdeadas nos flancos, formando faixas verticais; o ventre é amarelado. As nadadeiras são arredondadas, escuras com a margem clara. Alcança mais de 1,5m de comprimento total e 60kg. Outras três espécies também conhecidas por garoupa, porém de porte menor são bastante comuns no Brasil. Epinephelus guttatus, garoupa pintada. Possui coloração variando de verde acinzentado à marrom claro, com cinco barras escuras ao longo do corpo e várias pintas vermelho-alaranjadas bastante características por todo o corpo. Alcança 75cm e 25kg. A Epinephelus morio, garoupa São Tomé, que possui o corpo robusto, nadadeira caudal truncada nos espécimes jovens, que torna-se lunada com o crescimento. O segundo espinho da nadadeira dorsal é o maior, e os outros decrescem em tamanho em direção à cauda. Alcança no máximo 80cm e 20kg; e Epinephelus striatus, garoupa de trindade, muito semelhante à anterior, porém o terceiro espinho da nadadeira dorsal é o maior. 

Ecologia
São encontradas ao longo do litoral brasileiro, nos fundos de pedras e corais ou onde existam estruturas submersas, e vivem em tocas. Os adultos são  encontrados em profundidades que variam entre 15 e 100m. Eventualmente podem ser encontradas em estuários. Alimentam-se de peixes, lagostas, camarões, ouriços, moluscos e lulas. Todas as garoupas são bastante apreciadas como alimento, e sua carne é tida como de excelente qualidade, e tem grande importância comercial principalmente no Sudeste do Brasil. 

Equipamentos
Equipamentos do tipo médio/pesado a pesado, mesmo para os pequenos exemplares, porque os peixes costumam se entocar após serem fisgados. A vara deve ser dura para evitar a corrida do peixe. As linhas devem ser altamente resistentes à abrasão, como as confeccionadas em kevlar (multifilamento), com resistência variando de 20 a 70 lb. Por causa da boca grande, os anzóis devem ser de nº 6/0 a 12/0. Não é preciso encastoar o anzol.


Iscas
Iscas artificiais que trabalhem mais no fundo, como os plugs de barbela longa (crankbaits), jigs e grandes shads. Iscas naturais de sardinhas, bonitos e atuns também são atrativas, principalmente quando estão estragadas.

Dicas
O peixe deve ser puxado rapidamente, antes que entre em um buraco. Para isso é aconselhável usar linhas mais duras e a fricção deve ser mais apertada. Os peixes pegos em grandes profundidades chegam à superfície com a bexiga natatória inflada, devido à dilatação dos gases contida nela. Assim, quando soltos, não conseguem afundar na coluna d’água. Uma das alternativas é fazer um furo na bexiga, atrás da nadadeira peitoral, na metade do corpo, com o uso de uma agulha. Outra alternativa é usar um down rigger (aparelho usado para corricar), prender o peixe com um anzol em sua corda e ir descendo aos poucos. Assim, os gases vão voltando ao normal e o peixe se recupera rapidamente. As garoupas são bastante resistentes, sendo que peixes marcados já foram recapturados até quatro vezes.




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