É considerada melhor que o molinete nos trabalhos com vara e isca, mas seu manejo exige um pouco mais de experiência.
Depois da prática, as vantagens da carretilha são arremessos mais longos e precisos, maior controle das iscas e maior força de tração no momento da briga com o peixe. Por outro lado, as carretilhas formam cabeleiras (para os iniciantes), são mais difíceis para arremessos com iscas leves e pior ainda quando forem contra o vento.
Lançamento:
São equipamentos fisicamente pequenos, utilizados para pesca de arremesso. São mais completos em recursos para o pescador, oferecem muito controle e precisão nos arremessos, possuem maior capacidade de tração, não torcem a linha, são mais leves, estéticos e práticos.
Trolling:
São carretilhas de grande porte com super capacidade de armazenamento de linha, são pesadas e dispõem de muito pouco recurso ( porém precisos ), não servem para arremesso e possuem uma capacidade de tração extremamente alta.
Fly:
São instrumentos utilizados somente nesta modalidade, servindo somente como depósito de linha, auxiliando muito pouco no exercício da pesca, os recursos são precários.
CLASSIFICAÇÃO DAS CARRETILHAS
LEVE
linhas de 0.14 a 0.20 mm (3/6 lb)
MÉDIA
linhas de 0.23 a 0.37 mm (8/20 lb)
PESADA
linhas de 0.40 a 0.62 mm (25/48 lb
EXTRA-PESADA
acima de 0.62 mm (48 lb) (usada em pesca oceânica)
COMPONENTES DA CARRETILHA
Freios mecânicos ou magnéticos:
As carretilhas são dotadas de freios mecânicos ou magnéticos, que tem por finalidade evitar a formação de cabeleira. Para uma boa regulagem do freio, deve-se segurar a vara na horizontal, liberar gradativamente o freio, com a carretilha destravada, até que a isca artificial ou o conjunto, chumbo e isca natural, desça lentamente. Este é o ponto ideal de arremesso.
Gear ratio:
A expressão em inglês "Gear ratio " indica a relação de recolhimento. Exemplo: Gear 5:1 - indica que para cada volta da manivela são dadas 5 voltas no carretel. Esta relação é muito importante quando se pesca com iscas artificias.
Rolamentos:
A expressão em inglês "Ball bearing " indica ser uma carretilha com rolamentos. Quanto mais rolamentos, melhor a carretilha.
DICAS:
Colocando a linha:
A colocação da linha em uma carretilha ,deve ser feita com o carretel colocado frontalmente, de forma que gire enquanto estiver abastecendo a carretilha. Desta maneira evitam-se torções na linha. Tome cuidado para não enchê-lo demais ou de menos, respeitando um espaço de 1,5m até a borda do carretel. Coloque a linha, de preferência, conforme as especificações da linha utilizada. Nunca utilize uma linha fora da especificação da sua carretilha.
Regulando o freio:
Para se arremessar com carretilhas, com o equipamento já montado, execute a regulagem de freio. Isto é feito usando o botão de sintonia fina, de maneira que ao balançar a vara, a linha com a isca ou o peso desça suavemente.
Regulando a fricção:
Tanto para molinetes, carretilhas ou spincasts, o sistema de fricção normalmente é o mesmo. Um dispositivo de regulagem do carretel permite liberar as linhas com a pressão desejada. Sua necessidade se deve a evitar excessos tanto de resistência como quanto a de liberdade para os peixes.
Com a linha mais solta, os peixes têm facilidade de levar muita linha e enroscá-la ou tomar muita linha de seu carretel. Ainda se estiver muito fechada, pode romper logo nas primeiras corridas. Essa pressão precisa variar de acordo com a linha e modalidade de pescaria que você estiver fazendo.
Um aspecto bastante importante é que a regulagem da fricção deve ser feita a ¼ de resistência da linha usada ou da vara (quando esta for de resistência menor que a linha). Exemplo: se você abasteceu a sua carretilha com linha de 12 libras de resistência, o seu ajuste deverá ser de 3 libras. Para executar esse ajuste, monte seu conjunto vara, carretilha e a linha passada, coloque uma balança na ponta da linha e aplique pressão na vara. Ela deverá acusar as 3 libras quando começar a soltar linha e, caso a marcação seja inferior, girar a estrela junto à manivela até atingir as 3 libras. Caso marque a maior, girar a estrela no sentido oposto de forma a soltar mais fricção para atingir as 3 libras desejadas. Para conversão de libras em quilos multiplique o valor em libras por 0,4536.
A regulagem da fricção, além de proporcionar maior emoção na hora da pescaria (por proporcionar uma briga mais justa com o peixe), ainda garante uma maior vida útil do equipamento, pois as engrenagens não estarão sendo danificadas.
Arremessando com sua carretilha:
Para executar o arremesso você deve liberar o carretel acionando o botão do lado direito, ou o auto cast, quando a carretilha for dotada deste recurso. Use o polegar para manter o carretel preso. Ao arremessar, alivie a pressão do polegar permitindo que o carretel gire e libere a linha, continuando o movimento.
Importante: no momento que a isca toca na água ou chegar ao alvo desejado, exerça pressão novamente com o polegar, não permitindo que o carretel continue girando, evitando, desta forma, as famosas "cabeleiras".
Como fazer para evitar a cabeleira:
Faz-se necessário aprender a regular a carretilha, antes do uso. Primeiramente, a "roseta" (que fica logo abaixo da manivela) é o regulador da fricção e através dele se permite que a linha possa ser liberada sem risca de partir na luta com o peixe. O botão deslocado, abaixo da "roseta", é o de sintonia fina. Ele tem muita influência em relação ao peso da isca a ser lançada, pois se estiver muito aberto (sentido-horário), muito provavelmente ocorrerá "cabeleira" num arremesso, independente da regulagem do freio; se estiver muito fechado, a isca poderá até não sair.
Para regular este botão corretamente, com a carretilha armada na vara, coloca-se esta numa posição de 45º com o peso próximo ao tip top (último passador, na ponta da vara). Aí, fecha-se o botão da sintonia fina (sentido horário) e destrava-se o carretel. O peso não descerá. Começa-se a soltar aos poucos a sintonia fina (sentido anti-horário) até que o peso inicie a descida. Soltando-se demais, o peso descerá abruptamente e de menos o peso descerá somente um pouco.
Para quem está iniciando, é melhor usar o máximo de regulagem do freio. No caso do freio magnético, quanto mais perto do número maior (ascendente), mais ele restringirá a saída de linha, ou seja, o arremesso será mais curto. Mas, isto minimizará o efeito do carretel girar mais rápido na saída da linha. No caso do freio centrífugo, é só abrir totalmente os pinos que o efeito será o mesmo.
Simultaneamente, deve-se aprender a utilizar o "dedão", experimentando frear o carretel a cada lançamento, de tal forma que se torne automática a posição do dedo bem próximo (o suficiente para sentir a linha saindo) do carretel. Após algum tempo de treino, já será possível liberar o freio mais um pouco. No primeiro caso, ajustando para um ou dois números inferiores, e no outro, recolhendo dois pinos. Isto até que se consiga efetuar arremessos com a regulagem entre os números 3 e 5 (no caso do freio magnético) e dois pinos abertos (no caso do freio centrífugo).
Algumas carretilhas, como as de modelo "tambor" (Abu Garcia, série Ambassadeur, por exemplo), vêm somente com dois pinos no freio centrífugo, que geralmente não permitem regulagem. Nessa hipótese, a única solução é o ajuste através da "sintonia fina" e do controle do "dedão".
Cuidados de manutenção:
Alguns cuidados de manutenção são importantes para o bom funcionamento de sua carretilha. Após usá-la, trave a fricção e lave-a em água corrente, usando uma escova macia, com atenção para o guia fio e manivela, locais onde pode acumular sujeira como barro ou areia. Após secá-la, lubrifique-a com uma gota de óleo tipo "Singer", observando que em alguns pontos você deverá usar um pouco de graxa de consistência fina.
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